O que é vida? IA pode ser o começo de um novo salto na evolução humana
- Bruno Augusto Santos Oliveira
- 23 de jun. de 2023
- 1 min de leitura
Colunista do UOL
23/05/2023 04h00

Publicado no fim do mês passado, o artigo AI Is Life, escrito pela astrobióloga Sara Walker, propõe um novo olhar sobre a inteligência artificial ou, na verdade, sobre tecnologia enquanto uma manifestação de vida. Com isso, ela não tem a intenção de dizer que uma IA é um organismo vivo, mas, sim, que ela é um desdobramento da nossa existência enquanto humanos (da mesma forma que nós somos desdobramentos de outros seres e eventos planetários).
O que Sara propõe é justamente isso: entender a vida enquanto uma linhagem, não um indivíduo. É correto dizer que a humanidade evoluiu, mas não que um humano pode, sozinho, evoluir biologicamente, uma vez que esse tipo de processo ocorre de maneira muito mais lenta e geracional. Portanto, o próprio conceito de "elo perdido", isto é, o momento em que uma espécie (no caso, do hominídeo para o humano) transita para outra, não é sobre um indivíduo em específico, mas sim um processo e gerações de indivíduos que podem ser mapeados a partir de fósseis de transição —registros desse processo, mas não o marco decisivo.
Acontece que, assim como já discutido no âmbito da filosofia transumanista, a evolução da espécie humana não precisa mais ser pensada em parâmetros darwinianos, mas sim tecnológicos e financeiros. Podemos acelerar esse processo a partir de novas tecnologias que desenvolvemos em laboratórios e que cada vez mais demoram menos tempo para serem superadas (se seguirmos a lógica da Lei de Moore). ...




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